25 de fev. de 2009


(...)As feridas dele,aquelas que foram carimbadas em seu interior,pronunciam a mais mágica das mentiras,dizendo para ele não andar mais,pois vai sofrer.Convence-o à desistir da sua menina, e ele ,por sua vez,para.Para como estátua, tira a armadura, e as guarda, trancada em seu armário.Sem saber que do quinto andar a menina manda avisar ao seu coração, que é hora de descansar, de partir.A sua menina esperou com um azedume encravado no peito,e a certeza de um amor impossível, e o outro lado não quis lutar , então , ela saiu com seu coração constrangido em dor , e seu orgulho derrotado, partiu com eles , e nada mais.Percorreu por ruas vazias de gente.Quando chegou , encontrou a casa vazia, movéis velhos e cobertos de poeira, as paredes cobertas de um verde manto , e no quarto, um armário.Um armário rico em detalhes, feito de madeira pura , duas portas .Na mesinha ao lado, uma foto, uma pulseira, um elástico de cabelo.Com curiosidade e aflição, a menina abriu o armário , e dentro dele encontrou a armadura do seu amor.Ele se foi pra bem longe, para outra terra, para outra menina.E a menina prendeu-se em seu quarto ,e em uma culpa vã, e ódio da certeza de uma vez mais , que amou um amor covarde.

(...)