Eu tentei chamá-la sabe, para batermos um papo. Puxei uma cadeira , fui cavalheira.
Perguntei-a o que queria. Um chá. Uma água. Um café . Álcool . Olhei em seus olhos , fiz carinho em suas mãos.
-Razão , a gente poderia se tornar mais íntima, nos conhecermos melhor . Eu preciso de você. Fique comigo, podemos controlar meu coração, fazer cálculos, pensar antes de falar. Enfim , vamos nos divertir. Topa vir comigo ?
Daí , percebi que nem mais lá ela estava. Fugira. Como foge o ladrão das sirenes que os convidam para serem presos. Daí, tentei sequir seus passos , por ruas que eram secas , onde o jardim não tinha flores e o ar que pairava era frio. Foi daí que a descobri deliciando-se com os homens.
E eu , uma mulher , tentando seduzir a razão , tentando conquistá-la. Chamei-a para sair . Prometi diversão. A razão não quis nada comigo, porque é de homens que ela gosta, não de mulheres como eu. Como todas as mulheres. A razão é amante dos homens. E poucas mulheres conseguem conquistá-la. Eu não sou uma delas .
E fico feliz por isso.