21 de dez. de 2009

Tarde armadilha, estrada com fim.


Ah, eu havia dito que era perigoso.

Mais uma vez o mesmo erro cometido.

Porque você não entende meu silêncio?

Ou meu abraço? És cega, certamente!

Faz tudo pra me agradar, não?

E quando vais fazer o que tu queres fazer?

É o teu querer fazer que eu espero.

Em vão, coitada.

Vai embora, vai logo!

(pausa)

Você foi.

Quatro minutos depois.

Eu também fui; à sua procura.

Coitada de mim, repito

{é que não consigo não te amar}

A parada estava vazia.

Procurei teu rastro, como uma armadilha.

Que eu caísse em ti, quis eu!

Segui, na outra parada (aquela bem longe)

Não estava lá.

A armadilha não funcionou. Ou quase.

Pois fui arrastada na volta.

Minhas pernas tremiam, e

Meu peito doía. E eu chorava.

Coitada, coitada de mim.

Mas quando vai acontecer, bem meu?

Dar-me! Dar-me! Dar-me, quando TU QUISERES!