16 de jun. de 2011

Ao Sigmund Freud, o meu sigie de ouro.







A verdade é que ando sufocada dos humanos e dessa sociedade. Incrível como os humanos andam devorando minha nano-paciência. Bato o pé, faço cara feia e me torno mais ainda uma doce criatura anti-social. Ó meu Sigie de ouro, as feras selvagens do meu inconsciente estão se revelando pouco a pouco e pareço enlouquecer. Tenho tantos sonhos, todos perdidos aqui, não sei qual querer mais, qual lutar primeiro. Preciso catalogar meus sonhos, sigie. Ordená-los por ordem alfabética ou talvez por ordem de tempo de vida, pois, uns já morrem, estão doentes, fracos, acho que eles tem preferencial, não achas? Tem uns desmaiados também, outros medrosos, outros tão pequenos... invisíveis a olho nu. Uns bem velhos, balançando na cadeira da sala, esperando a sua vez. Uns tão novos, saltetantes. Uns tem brilho, outros balões e voam. Uns tem dentes afiados. Uns prematuros. E alguns ainda são zigotos. Uns tão mudos, arredios. Uns tímidos. Outros deitados em minhas nuvens. Engraçado, sigie, que alguns se escondem de mim e não consigo encontrá-los de forma alguma. Esses, parecem ser os melhores. Parece que a qualquer hora vão surgir bem aqui na minha frente, bem reais pra mim. Então é isso, sigie, estou em apuros, numa desordem total. Tomara que borboletas batam logo suas asas e causem coisas boas pra mim e em mim.


Tenho saudades, meu Sigie de ouro.
E largue esse charuto de uma vez.
Quero você bem vivo. É um sonho pra mim.

Em desespero, 
Jess.